• HOME
  • EQUIPE
  • SERVIÇOS
  • CLIENTES
  • NOTÍCIAS
  • BLOG DA SANTOSPRESS
  • CONTATO
  • HOME
  • EQUIPE
  • SERVIÇOS
  • CLIENTES
  • NOTÍCIAS
  • BLOG DA SANTOSPRESS
  • CONTATO
5 MIN READ

Especialistas da engenharia se reúnem para discutir soluções para os efeitos da erosão em Santos

17 de dezembro de 2016
-
AEAS
-
Nenhum comentário

Seminário promovido pela AEAS atraiu mais de 200 pessoas ao teatro Guarany

Não é preciso ser especialista, seja em meio ambiente ou engenharia, para perceber que a faixa de areia, principalmente na Ponta da Praia, em Santos, vem ficando cada vez mais estreita ao longo dos anos. As ressacas mais frequentes e fortes — só em 2016 foram quatro grandes episódios ocorridos em abril, agosto, setembro e outubro — já destruíram muretas, calçadas, inundaram a avenida da praia, alagaram prédios e danificaram o Deck do Pescador, conhecido ponto turístico da cidade.

Esses cenários preocupantes motivaram a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) e a Prefeitura de Santos a promoverem o seminário “Soluções Imediatas e Definitivas em Engenharia para Proteção da Orla de Santos”, ocorrido em 15 de dezembro no teatro Guarany, e que atraiu mais de 200 pessoas, entre especialistas, profissionais, gestores públicos, professores universitários, entre outros.

“Trouxemos vários especialistas, tanto pesquisadores quanto engenheiros mais voltados à prática, para tentar entender quais soluções apresentadas seriam as mais aplicáveis a longo prazo e não de forma paliativa, porque já vimos que o que está sendo feito não está resolvendo. Também será produzido um documento que vai servir como instrumento para que a gente discuta com mais profundidade o assunto”, explicou o presidente da AEAS, Ademar Salgosa.

A programação foi divida em dois blocos. A primeira palestra foi conduzida pelo arquiteto e secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Santos, Nelson Gonçalves de Lima Júnior, e o vice-coordenador da Comissão Municipal de Adaptação à Mudança do Clima (CMMC) e pesquisador do Projeto Metrópole, Eduardo Kimoto Hosokawa. Eles falaram sobre a CMMC, criada em novembro de 2015 para trazer uma série de medidas de sustentabilidade a serem discutidas e realizadas com a sociedade, e o Projeto Metrópole, pesquisa internacional criada em 2012, que tem como meta avaliar as medidas de adaptação às mudanças climáticas em Santos, Broward (EUA) e Selsey (Reino Unido).

USP possui grande laboratório para estudar erosão santista
O Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica da USP vem realizando estudos de proteção da orla de Santos por meio de modelagem física e computacional. O primeiro representa fenômenos hidrodinâmicos a partir da resolução numérica de equações em uma grade computacional que possibilita simular diferentes cenários de obras contra a erosão, estudar alternativas, viabilidade técnica, causar menos impactos e encontrar o melhor custo benefício.

Já os estudos de modelagem física, utilizados em casos muito complexos, são feitos em um modelo 3D que reproduz as condições do Estuário de Santos (3.200 m²), por uma Bacia de Ondas 3D (40m de comprimento e 18m de largura) e um Canal de Ondas 2D (50m de comprimento, 1m de largura e 1,4m de profundidade).

O professor doutor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da USP, José Carlos de Melo Bernardino, chamou a atenção para o fato de que apenas repôr areia depois da ressaca não surte efeito: “Na próxima ressaca a areia será removida novamente. O correto é existir algum tipo de obra fixa que complemente essa ação, por exemplo, contruir um quebra-mar para diminuir a energia das ondas e depois alimentar a praia artificialmente com areia. O quebra-mar protege e impede que a ressaca remova a areia reposta”, esclareceu.

Erosão atinge 23% da orla entre Santos e Bertioga
Pesquisa feita pelo Atlas de Erosão e Progradação no Litoral Paulista do Instituto Oceanográfico da USP, apontou que o trecho entre Santos e Bertioga, de todo o litoral de SP, é o que mais sofre com a erosão, que chega a 23% do território. O trecho tem 56% de estabilidade, 1% de instabilidade e 18% de progradação (processo natural de ampliação das praias, provocados pelo mar).

“Deve-se discutir não só o processo de erosão, mas a aceleração recente. Erosão só existe onde existe gente. É uma relação de custo benefício, uma região metropolitana com um centro urbano bem desenvolvido, mas não se pode destruir o ambiente para a cidade crescer, não pode mais existir o conceito de pé na reia, tem que existir uma faixa de não ocupação e uma consciência da população e dos gestores, que devem barrar as construções”, alerta o professor do Intituto Oceanográfico da USP, Michel Michaelovitch de Mahiques.

Previsões de ressacas e estudos de caso
Durante o seminário foi apresentado um sistema de previsão e antecipação de ressacas criado em 2014 pelo Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta (NPH), coordenado pela professora Alexandre Sampaio.

As informações são fornecidas para a Defesa Civil, como uma forma de prevenir e minizar impactos. As previsões variam de três a sete dias, com acertos acima de 90% na comparação entre dados modelados e dados medidos.

No período da tarde foram ministradas palestras com estudos de caso e empresas voltadas a projetos de engenharia. Os temas abordados foram “Tecnologia para Proteção Costeira” , “Aumento dos Níveis dos Oceanos – Consequências e Soluções”, “Estudos de Casos de Adaptação Climática para Áreas Portuárias”, “Fatores Indutores da Erosão Acelerada na Ponta da Praia e seus Possíveis Impactos nas Soluções de Engenharia” e “Planejamento e Licenciamento Ambiental na Prevenção de Efeitos Climáticos”.

Participaram do Seminário integrantes da Prodesan; Unisantos; USP; Vale S/A; Defesa Civil de São Vicente; OAB Santos; Câmara Municipal de Santos; Prefeitura de Santos; Unifesp; Sabesp; Defesa Civil de Praia Grande; Unisanta; Fundação Florestal; Codesp; Defesa Civil de Santos; Ibama Santos; Parque Tecnológico de Santos; APA Marinha Litoral Centro; Unimonte; empresas de engenharia; profissionais autônomos e estudantes universitários.

img_20161215_113726520

Deixe um Comentário

Seu feedback é importante para nós. O seu email não será publicado.

Click here to cancel reply

Cancel Reply

Por favor, aguarde...
Enviar Comentário

Notícias Relacionadas

Outras publicações que você não pode perder!

Necessidade de laudo técnico de engenheiros ou arquitetos durante obras em edifícios é tema de palestra na AEAS

9 de novembro de 2016

Palestra gratuita, realizada no dia 24/11, é voltada para síndicos e profissionais da área interessados em realizar obras em condomínios Há três …

Leia Mais →
AEAS
2 MIN READ

Instituto Luiz Alca-ACAUSA promove Bazar de Primavera na AEAS

13 de setembro de 2016

Evento ocorre de 13 a 15 de setembro, das 14 às 20 horas A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS) …

Leia Mais →
AEAS
1 MIN READ

AEAS sedia evento gratuito sobre Tecnologia da Informação no Ambiente Portuário

24 de maio de 2016

Encontro realizado em 1 de junho, às 8 horas, é promovido pela JCL Telecomunicações e terá apresentação da multinacional chinesa Huawei Associação …

Leia Mais →
AEAS
1 MIN READ
SantosPress | Especialistas da engenharia se reúnem para discutir soluções para os efeitos da erosão em Santos