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4 MIN READ

Pedro Cobra, ex-estudante do Carmo, apresenta seu espetáculo sobre Saudade pela Europa

10 de novembro de 2017
-
Colégio do Carmo
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Artista trabalha com o Teatro Lambe-Lambe, conhecido também como Teatro de Miniaturas

O teatro é na rua. A plateia é de um espectador. Em vez dos grandes palcos, o espetáculo é apresentado num palco em miniatura dentro de uma caixa de dimensões reduzidas. No lugar do ator, um boneco articulado expressa, pelas mãos do artista, a Saudade que sente.

É por meio do Teatro Lambe-Lambe, conhecido também como Teatro de Miniaturas, que o ex-estudante do Colégio do Carmo, Pedro Cobra, 26 anos, expressa sua arte pelas ruas de Lille, na França, cidade onde mora, e por tantas outras ruas na Europa que acolhem aqueles que encontraram na arte seu ofício.

Artista, ator, marionetista, músico e artista plástico. Pedro é múltiplo. Todas essas possibilidades foram construídas desde a infância, com pais que sempre estimularam a arte, seja pela poesia, pelo teatro, pelo cinema ou pela música.

Iniciou nos anos 2000 um curso de teatro na Secretaria de Cultura de Santos, onde permaneceu por dois anos até mudar para a Escola de Teatro Tescom, lugar em que aprendeu também a montar espetáculos e organizar festivais. “Era algo que me fazia bem, me divertia. Eu fui ficando, estudando, me aprofundando, e quando chegou o momento da universidade eu não tive dúvidas”, conta.

Formado em Teatro pela Unesp, Pedro trabalhou um período em São Paulo e depois decidiu fazer Mestrado em Teatro na França, onde chegou em agosto de 2016. “Decidi morar fora porque queria conhecer uma outra cultura. A França sempre me cativou e o teatro de marionetes é muito forte no país, que tem o maior festival desse tipo de teatro do mundo. A universidade é pública e tem uma política muito bacana de inclusão porque não existe exatamente um processo seletivo, é necessário apresentar currículo e um projeto de pesquisa”, explica.

Hoje, Pedro trabalha com o Teatro Lambe-Lambe, arte criada em 1989 por Ismine Lima e Denise di Santos, duas artistas nordestinas. A modalidade, dentro do gênero “Teatro de Bonecos”, leva esse nome em referência aos antigos fotógrafos de rua, que trabalhavam em praças e parques de várias cidades do Brasil no início do século 20. Os fotógrafos usavam máquinas, em forma de caixa, cujo processo de relevação consistia em lamber o negativo.

“Escolhi esse tipo de teatro porque ele dá uma autonomia muito grande para o artista. Como o espetáculo é feito numa caixa é possível disseminar cada vez mais esse tipo de linguagem em diferentes lugares”, diz.

A parte de produção foi toda feita por Pedro, mas a construção do espetáculo teve também as mãos de um amigo, Felipe Zacchi, que fez a trilha sonora e, do pai, que ajudou a construir a caixa devido à facilidade com a marcenaria. O espetáculo não tem preço fixo. Cada espectador paga o que pode e acha justo. Viver de arte é incerto em qualquer lugar no mundo, mas na Europa, por ela estar mais inserida na vida das pessoas, os artistas são mais valorizados. “Sou muito feliz porque meu trabalho tem sido autosuficiente, consigo custear viagens para participar de festivais e apresentar meu trabalho”.

Durante cinco minutos, o espectador da peça Saudade não se depara exatamente com uma história a ser contada, mas com o despertar do sentimento por meio de um boneco solitário que tem um grande buraco em seu peito. “O tema tem gerado muita repercussão porque a palavra não existe em outro idioma, então as pessoas tentam descrever a sensação. Ao final da apresentação, muitos contam coisas que viveram, outras saem bastante emocionadas”, comenta o artista.

Pedro Cobra encontrou no Teatro Lambe-Lambe a autonomia que buscava

Em tempos em que a liberdade de expressão se encontra sob julgamento de muitos que não têm proximidade com a arte, Pedro comenta que isso não vem ocorrendo somente no Brasil, mas também na Europa, embora de forma menos evidente.

“Quem quer ir para o lado da arte tem que estar consciente de que é um caminho difícil. O artista quer que as pessoas olhem para um lado e o mundo todo está dizendo para não olhar. Mas a cada apresentação tenho mais certeza do que o que faço é necessário, até pelo retorno daqueles que assistem a peça. O trabalho do artista é produzir, imaginar, sonhar e dividir esse sonho com outras pessoas. O importante é continuar produzindo uma boa arte para, quem sabe um dia, criar uma nova consciência sobre as coisas que realmente importam na vida”.

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